domingo, 26 de maio de 2013

VISÃO DO RIO PARNAÍBA


    autor: Francisco Miguel de Moura

(Com o perdão de Da Costa e Silva, o maior dos poetas piauienses).

Parnaíba, te vejo intensamente,
na dor de “velho monge” resignado,
a dar vida, prendido na corrente,
a derramar-te ao longe, e fatigado.

No rijo dorso levas, noite e dia,
lendas, canoas, barcos, pescadores.
E em cada braço, a verde ramaria
enfeitada de rendas e de cores.

Sem bordão, sem rosário, sem vaidade,
desafias o sol, a areia ardente,
abraçando cidade e mais cidade.

Nessa faina, ora calma, ora inquieta,
Humildemente, carismaticamente,
Cantas do canto que cantou o poeta. 

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